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BE contra as portagens na Via do Infante

O Bloco de Esquerda – Faro e as suas candidaturas responderam afirmativamente ao desafio da CUVI para participarem na marcha lenta contra as portagens na A22 que teve lugar hoje, dia 21 de Setembro, a partir das 16 horas. 

Primeiro, porque quiseram assumir publicamente o compromisso do seu continuado empenho na resistência à violência da manutenção das portagens.

Segundo, porque sabem que é este o caminho a seguir: resistir, não desistir, não aceitar nenhuma das violências económicas e sociais, não permitir que a crise se transforme no estado permanente das nossas vidas.

Terceiro, porque a iniciativa da CUVI e do Moto Clube coloca uma questão política central a todas as candidaturas – não há propostas locais viáveis que sirvam as populações se não vierem fortalecer o campo político anti-troica.

Finalmente, porque as portagens evidenciam a estupidez grosseira das decisões governamentais subordinadas à troica – sinistralidade, aumento de custos da atividade económica regional, perda de milhares de horas de trabalho e de descanso. Acresce o que se soube recentemente sobre o sistema de cobrança das portagens: a incompetência gananciosa introduziu um sistema que consome mais de 35% das receitas cobradas!

Para o Bloco de Esquerda, as propostas adiantadas pela candidatura do PS a Faro escamoteiam o principal: devolver o valor das portagens a turistas que ultrapassem um limite de dias de alojamento não liberta a economia regional de um encargo que agrava o sufoco a que a política do PSD/PP a sujeita.

O principal é enfrentar localmente as candidaturas dos partidos da troica e o seu silêncio cúmplice sobre a crise, a candidatura do PSD/PP e a acomodação das suas propostas locais ao autoritarismo económico e social.