
Realizou-se na manhã de 22 de Maio no Largo do Mercado municipal em Faro, mais um ato de solidariedade com a luta do povo palestiniano.
A concentração convocada pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e pela união dos Sindicatos do Algarve (CGTP), reuniu várias dezenas de cidadãs e cidadãos, empenhados no apoio à luta da Palestina contra a ocupação ilegítima e ilegal israelita do território palestiniano.
Desde a constituição do estado sionista em 1948, que a colonização tem aumentado com a expulsão inicial de mais de 700 000 palestinianos das suas terras, habitadas desde sempre, a que chamaram a “nakba” (a catástrofe) e que invocam na afirmação do direito de regresso às suas terras. Hoje, com o crescendo da ocupação e a imposição de sucessivos colonatos, são mais de cinco milhões os palestinianos e seus descendentes refugiados nos países árabes limítrofes.
Israel é o estado sujeito ao maior número de resoluções no âmbito da ONU condenando a ocupação e determinando o dever de respeitar os direitos do povo palestiniano a um estado próprio e independente. Os governos israelitas sempre desrespeitaram todas as resoluções constituindo-se actualmente como um estado de apartheid. Essa atitude, crescentemente repressiva e agressora do povo palestiniano, só é possível pelo apoio permanente que os EUA lhe prestam, quer em armamento e milhões de dólares, quer no posicionamento internacional, boicotando as resoluções da ONU.
Isso mesmo está agora ocorrendo com os recentes massacres israelitas sobre Gaza e sobre as populações que na Cisjordânia e em Jerusalém se têm levantado contra o terror sionista.
Toda esta situação foi denunciada na concentração de ontem em Faro, que teve início com a actuação musical de João Galrito e de António Hilário, com belos cantos de solidariedade, até alguns temas do Zeca Afonso, tão a propósito na solidariedade contra a opressão. E continuou pelas palavras das representantes da CPPC e dos sindicatos algarvios, na denúncia da vergonhosa posição do governo português, que ao invés de aproveitar a sua presidência da UE para condenar mais esta agressão israelita, repete as loas da UE na esteira do conluio norte-americano.
O acto terminou na aprovação de um documento de solidariedade com a Palestina e pelo aumento das acções de boicote internacional à política e comércio sionistas, e enviado pelos presentes ao governo português apelando à mudança de posição no respeito pelas resoluções da ONU e de apoio aos direitos do povo palestiniano.
A Palestina vencerá!