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Maioria desumana e seguidista na Assembleia Municipal de Faro

 

No início deste mês os bombardeamentos e a invasão de Gaza pelas tropas israelitas estavam no seu auge assassino. Por esse motivo, o Bloco de Esquerda aproveitou a realização, no dia 12, de uma sessão da Assembleia Municipal de Faro para apresentar uma moção pelo fim dos massacres e por uma solução justa para o povo palestiniano.

Lamentavelmente, a moção foi rejeitada, embora se centrasse apenas no apelo ao fim dos massacres, no respeito pelas vítimas inocentes e pelos Direitos Humanos, pelas resoluções da ONU, e sendo redigida em termos considerados brandos, sem estigmatizar culpados nas causas da invasão. 

As bancadas do PS e PSD, aparentemente libertas da disciplina partidária, mesmo assim dividiram-se de tal modo que 12 membros dos dois partidos votaram contra, 7 abstiveram-se e apenas 4 (dois de cada um deles) votaram a favor. Estes, somados ao voto do BE e aos 3 da CDU, não foram suficientes para dar vencimento à moção.

Na intervenção feita no debate, o representante do BE realçou os termos da moção e chamou a atenção para as numerosas manifestações por todo o mundo, para as posições da ONU e das ONGs no terreno, salientando para a bancada socialista, a postura do 1º ministro Zapatero de Espanha e do seu governo que apelavam ao restabelecimento da paz, com o fim dos massacres e da invasão. 

Todos os apelos foram vãos. Em declaração de voto o Bloco manifestou surpresa pelo resultado da votação e lamentou a desumanidade e o seguidismo partidário daqueles que votaram contra.

Faro, 19/01/09