
De novo, o segundo ano da Covid não impediu a comemoração do 1º de Maio, dia internacional dos trabalhadores, na rua. Que é onde todo o mundo do Trabalho mais traz a público a sua luta e as suas reivindicações para uma vida e uma sociedade melhores.
Assim entende a CGTP e, por todo o país, em todas as capitais de distrito e nas regiões autónomas, se realizaram manifestações em que estiveram presentes os sindicatos e outros colectivos de trabalhadores e de movimentos sociais, nomeadamente os estudantes contra as propinas, o ecologismo em defesa do ambiente, o feminismo pela igualdade plena, o antiracismo em defesa dos imigrantes, e outros mais.
Como não podia deixar de ser, também os trabalhadores do Algarve se manifestaram na rua. Na manhã de ontem, começaram por se concentrar no Largo do Mercado e daí desfilaram até à rotunda do Forum, onde terminaram com as intervenções do coordenador da União dos Sindicatos do Algarve e de outros dirigentes dos principais sindicatos no distrito. Foi realçada a gravidade da crise económica e social na região, com um desemprego e precariedade dos maiores de todo o país, cortes e baixos salários, além dos abusos patronais. Todas estas situações se fazem sentir e ameaçam agravar-se sobre a grande maioria da população.
Também no concelho de Faro todos esses efeitos estão presentes. É sintomático o crescimento do desemprego que, no mês de Março deste ano, numa tendência de aumento, foi o maior de sempre nestes dois anos de Covid – 3413 desempregados inscritos no Centro de Emprego. E é sabido que os números oficiais do IEFP são bem abaixo da realidade do desemprego e do subemprego, pois não são contabilizados os trabalhadores em formação profissional, os estágios, os part-times, os inactivos (quem já nem procura trabalho) e os milhares de “informais” (trabalhadores ilegais e clandestinos, sem qualquer vínculo laboral).
Dirigentes e militantes do Bloco de Esquerda estiveram presentes na manifestação em Faro, prestando a sua homenagem ao Dia Internacional dos trabalhadores e no apoio e solidariedade com a luta sindical e de todos os trabalhadores contra a crise e a exploração laboral e pela melhoria das condições de vida e laborais da população farense e do Algarve.
O Bloco de Esquerda de Faro